O vinho diminui a dor?

Um estudo recentemente publicado no periódico Arthritis Care & Research merece a atenção dos apreciadores de vinho...

Já ouviu falar em fibromialgia, ou dor crônica generalizada? Trata-se de uma síndrome bastante comum, que se manifesta com dores pelo corpo todo, principalmente em mulheres.

As causas da fibromialgia ainda são desconhecidas, mas acredita-se que a síndrome é causada por um descontrole na forma como o cérebro processa os sinais de dor.

É possível encontrar várias referências a esse mal, desde meados do século 19, mas ela foi oficialmente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde, como doença, apenas no final da década de 70.

Pois bem. Um estudo no Reino Unido analisou 13.574 pessoas, das quais 2.239 acometidas por fibromialgia. E os cientistas fizeram um cruzamento entre a presença e a gravidade da doença, e hábitos de consumo de álcool.

Dá para perceber que o assunto tem tudo para ser polêmico, não é?

 Incidência de fibromialgia

Segundo os cientistas, a incidência de fibromialgia é menor entre as pessoas que relatam consumir diária e moderadamente álcool, do que entre as pessoas que não consomem álcool frequentemente, ou o consomem de maneira abusiva.

Entre os abstêmios, por exemplo, a incidência da doença registrada na pesquisa foi de praticamente 20%. Já nos entrevistados que relataram consumir entre 11 e 20 unidades de álcool semanalmente, a incidência da fibromialgia foi menor, de praticamente 13%.

Aqui entra uma pergunta: o que é essa unidade de álcool? Segundo a pesquisa, equivale a aproximadamente 250 ml de cerveja, ou 1 taça pequena de vinho, ou 1 dose de bebida destilada. Então o tal consumo moderado, equivaleria, no caso, a grosso modo, a 2 taças pequenas de vinho por dia.

 Gravidade dos sintomas

Naquelas 2.239 pessoas acometidas por fibromialgia, o consumo moderado de álcool, em comparação com a abstenção e com o abuso, foi associado a uma redução na gravidade dos sintomas, e a um aumento na qualidade de vida.

Entre os abstêmios, 47% relataram dores mais acentuadas ou incapacitantes, enquanto entre os consumidores de quantidades moderadas de álcool, apenas 18% relataram dores mais acentuadas ou incapacitantes.

Dá para imaginar a polêmica que esses resultados causaram no meio científico. Não foram poucos a se manifestar, criticando a abordagem desse estudo.

Mas é importante observar que os próprios pesquisadores não afirmam ser possível estabelecer uma relação de causa e efeito a partir dos resultados dessa pesquisa. Não somente eles reforçam a necessidade de mais pesquisas sobre o tema, como eles advertem que o efeito positivo do álcool sobre a saúde geral das pessoas pode influenciar o relato da dor, ou, ainda, o consumo moderado de álcool pode ser uma característica de pessoas com estilos de vida mais saudável, e por isso, menos expostas aos fatores de risco da doença.

O certo é que pesquisas como essa são sempre interessantes, pois fornecem pistas para que a ciência entenda cada vez mais sobre os mecanismos de desenvolvimento e de tratamento de diversos males.

Então, que venham mais e mais pesquisas! Enquanto isso, se quiser continuar lendo sobre a influência do consumo moderado de vinho na saúde, clique aqui.




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